quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Em jeito de despedida de 2008...

... não vou fazer nenhuma retrospectiva da minha vida neste ano que finda, mas vou deixar um texto que recebi de uma amiga junto com a prenda de Natal, e que retrata muito do que vivi em 2008. Coisas boas, coisas excelentes, coisas más, coisas muito más.

As coisas boas e excelentes, espero que se multipliquem em 2009. As más e muito más, que não se repitam. Se a vida deixar...
"Já amei e fui amada. Já fui amada e não amei...
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo...
Já tentei esquecer pessoas inesquecíveis...
Já tive medo de perder alguém especial e acabei por perder...
Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso...
Já passei noites a chorar até cair no sono... Já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram...
Já gritei e saltei de tanta felicidade... Já vivi de amor...
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse... Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar...
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já cai inúmeras vezes pensando que não iria me reerguer... já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já passei horas a frente do espelho tentando descobrir quem sou... já tive tanta certeza de mim...
Já menti e arrependi-me depois, já falei a verdade e também me arrependi... Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta no meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir...
Já perdoei erros quase imperdoáveis... Já fiz coisas por impulso...
Já me decepcionei com pessoas que nunca pensei me decepcionar... Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, e por isso já deixei de acreditar algumas vezes nas que realmente valiam...
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não o eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão amigos...
Já deixei de falar, muitas vezes, o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que pensava para magoar outros...
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros...
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz...
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava...
Já dei gargalhadas quando não podia... Já fiz juras eternas...
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir as minhas mãos...
Já chamei pela minha mãe no meio da noite fugindo de um pesadelo... mas ela não apareceu e foi um pesadelo pior ainda...
Já chorei ouvindo musica e vendo fotos...
Já fui levada nos braços... Já segui pelo atalho errado...
Já tive medo do escuro... Já saí de casa para sempre, e voltei no outro instante...
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade...
Já chorei por ver amigos partindo... a vida, por vezes, é mesmo um ir e vir sem razão...
Mas, Vivi... Vivo!!! Não passo pela vida... Vivo também!!!... É assim que a vida deve ser levada, aproveitar tudo o que ela nos dá... Há momentos difíceis, mas esses só servem para nos tornar mais fortes.

[…]

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre...
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir o meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão!
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre! "
(Clarice Lispector)
De 2008, guardo as boas memórias...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

12 Dicas para todo o Ano 2009


Recebi por e-mail e gostei. Partilho com todos.

Vale a pena tentar!


1. Por mais que te falem de tristezas... continua a Sorrir.
2. Por mais que te demonstrem rancor... continua a Perdoar.
3. Por mais que te tragam decepções... continua a Confiar.
4. Por mais que te ameacem de fracasso... continua a procurar a Vitória.
5. Por mais que te apontem os erros... continua a Acertar.
6. Por mais que discutam sobre a ingratidão... continua a Ajudar.
7. Por mais que noticiem a miséria... continua a acreditar na Prosperidade.
8. Por mais que te falem de destruição... continua a Construir.
9. Por mais que te preocupem doenças... continua a vibrar Saúde.
10. Por mais que exibam ignorância... continua a exercitar a tua Inteligência.
11. Por mais que te contem mentiras... continua a procurar a Verdade.
12. Por mais que plantem o mal... continua a semear o Bem.

Um Ano de 2009 cheio de coisas boas...

... destas para as meninas... ;)


... e destas para os meninos. ;)




Que o ano novo que vai começar vos traga paz, saúde e amor. Muito amor!

Bjinhos com sabor a champagne
Majo

sábado, 27 de dezembro de 2008

Homens!


Uns morrem... outros ficam assim! Como o Garfield aqui acima...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL A TODOS!!!


Que este Natal não seja só de prendas, bacalhau, bolo-rei, arroz-doce e rabanadas.

Que seja também de saúde, amor e paz.

Bjinhos cheios de carinho para todos.

Majo

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O meu Natal


Não é novidade que eu bata à Tua porta agora. Afinal, falo Contigo todos os dias, pedindo orientação e forças para os embates da vida.

Mas sabes, Jesus, o Natal é diferente!

Paira no ar uma sensação de alegria, de paz, de esperança, de fraternidade entre os homens.

É como se todos os Teus Santos Anjos invadissem a Terra, trazendo presentes de luz. Somos invariavelmente acometidos por uma cintilação de amor, na sua mais alta e delicada expressão.

Mestre Jesus, eu Te agradeço esta data bendita porque ela prova ao meu coração que há um mundo bem melhor, pelo qual vale a pena todos os esforços e todos os embates.

Tomada de profunda gratidão, neste Natal eu deposito nas Tuas mãos amorosas a minha vida, os meus sonhos e esperanças, bem como a vida, os sonhos e esperanças de todos que me circundam e de todos os meus amigos, reais ou virtuais.

Porque o Natal, Jesus, tem o condão miraculoso de lembrar-me que sou Una Contigo, com Tudo e com Todos, e que as alegrias e bem aventuranças do meu próximo, são as minhas próprias alegrias e bem aventuranças.

E finalmente, meu Jesus, que eu seja capaz de estender este estado de espírito agradecido, fraterno e amoroso por todos os demais dias da minha vida.

Com todo o meu amor,
A Tua serva dedicada

Pianista virtuosa

Eu tenho um gosto assim a modos que um bocadinho ecléctico em termos de música. Tanto gosto de ouvir música pop, como fado, música clássica, blues, jazz, gospel... depende do meu estado de espírito do momento.

Nunca gostei de ouvir tocar piano, salvo raríssimas excepções. Mas esta pianista do video abaixo, amei. Digo mais: pagava para a ver dar um concerto! Divinal!!!


Ora digam lá se tenho ou não razão. ;)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Crise? Qual crise?!?! (parte II)

Finalmente percebi a razão para a crise que atravessamos. Qual má governação qual carapuça! Crise generalizada? Naaaaaaaaaaaaaa. E sempre a culpar os "coitadinhos" dos políticos... Shame on us!!!

Percebi que para tudo há solução... até para a crise!



Não sei quem é o "crânio" que chegou a esta "brilhante" conclusão. Mas admito: nunca tal me teria passado pela cabeça!

Assim sendo, toca a vender as televisões (e os plasmas também... não parecem televisões mas são! E digo vender porque desligar só não funciona, não vá o Diabo tecê-las e atiça-nos a vontade e lá ligamos a tv só para espreitar e perdemos uns minutos preciosos para sairmos da crise) e a trabalhar duro. Sete dias por semana e 24 horas por dia. E se conseguirmos vencer o sono e ainda trabalhar algumas horitas de noite... saimos da crise num "abrir e abrir de olhos" (fechar os olhos não porque corremos o risco de adormecer e ficarmos "a ferrar o galho" umas valentes horas e lá se vai a solução para a crise).

sábado, 20 de dezembro de 2008

Especial "PARABÉNS!"

Como hoje a Salto-Alto faz anos, decidi fazer este post especial para ela.

Podem vocês dizer: "Mas, então, tu nem a conheces pessoalmente!"

Pois não conheço. Mas já faz parte da minha vida, do meu dia-a-dia, mesmo que seja virtual. E porque gosto da sua postura. E porque me faz lembrar uma amiga, também advogada, mais ou menos da mesma idade, que tem a mesma saudável "loucura" que ela.

E faço este post porque me apetece.

E quem sabe começo aqui uma tradição... Fazer um post especial de Parabéns para cada um dos vizinhos bloguistas que visito e que visitam o meu blog.

Saltinho: Especial para ti... com desejos que tenhas um dia muito feliz e cheios de mimos, na companhia dos que mais amas.


Bjinho grande

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Gandas malucos!!!

Podia-lhes dar para pior. Sei lá... tipo, atirar-se de um prédio de 100 andares abaixo, em voadura livre e só abrir o pára-quedas a 100 metros do chão e sem rede! Coisas assim fáceis de fazer...

Que mais irão inventar para fazer subir a adrenalina???

Fonixxxxxxxxx!!!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Num tribunal...

... de uma pequena cidade, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha, uma avó de idade avançada.

Aproximou-se da testemunha e perguntou:

- D. Ermelinda, a senhora conhece-me?

- Claro. Conheço-te desde pequenino e francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando não tens sequer inteligência suficiente para ser varredor. É claro que te conheço.

O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco, apontou para o outro extremo da sala e perguntou:

- D. Ermelinda, conhece o defensor oficioso?

- Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de advogado, bem... é um dos piores que já vi. Não me esqueço também de referir que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua própria mulher. Sim, também o conheço. E muito bem.

O defensor, ficou em estado de choque.

Então, o juiz pediu a ambos os Advogados que se aproximassem do estrado e com uma voz muito ténue diz-lhes:

- Se algum dos dois perguntar à p**a da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos!!!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Publicidade...


Hoje, ao folhear uma revista de moda no cabeleireiro, deparei-me com a imagem acima.

E perguntei a mim própria: “Será que quem cria estas campanhas de publicidade acha que eu vou a correr comprar este perfume só porque tem um homem podre de bom na imagem? Será que pensam que eu acho que o meu companheiro, se usar tal perfume, vai ficar igual ao homem da foto???

NOT!!!

Então alguém me explique qual a razão de só usarem homens bonitos e de físico perfeito em publicidade. Será que os homens normais não podem usar tal perfume? Ou será que nos tomam a todos (homens não tão bonitos e perfeitos e sua respectivas companheiras) por uma cambada de acéfalos anormais??? Sinto-me insultada!!! GRUNF!!!

Mas isto sou só eu armada em esquisita… digo eu cus nervus!

sábado, 13 de dezembro de 2008

"Ténicas" de tradução de inglês... ou não!!!


Passar duas noites seguidas a servir de intérprete entre um português que não sabe explicar bem o que pretende e um indiano que falo um inglês macarrónico... é dose!

Hoje, depois de duas horas entre um e outro, cansada, cheia de sono, e com uma moleza do tamanho de um camião… os meus dois neurónios, o Tico e o Teco, fizeram um complô contra mim e fugiram de fds! E ainda tenho o todo o dia de amanhã para andar armada em tradutora!

SOMEONE HELP ME, PLEASEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!
Adenda: Depois de um amigo que costuma vir cuscar o meu blog (mas que nunca comenta por escrito! grunf!) me ter chamado à atenção para erro no título do post, "Ténicas...", esclareço que escrevi assim com erro propositadamente. "Técnicas" de Tradução de Inglês" foi uma das disciplinas que tive quando frequentei o 11º ano e, em jeito de brincadeira, diziamos "ténica" porque não entendiamos nada da técnica em si...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Be afraid... very afraid...

Volto a Jim Morrison.

E não. Não vai ser mais um post/testamento (credo! só depois vi que era tãaaooooo comprido... ups!).

Lembrei-me de procurar alguns videos no Youtube para ouvir e relembrar algumas músicas dos The Doors. E lembrei-me da música "Light my fire".

E deparei-me com isto!



Que Horrrrrrrrrroooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!

Fiquei traumatizada.

Nunca mais vou conseguir ouvir os "The Doors" da mesma maneira.


P.S.: Ouvi dizer que o Jim desapareceu da tumba. Segundo os boatos, depois de ver/ouvir o video acima... decidiu não esperar pelo Juízo Final e foi inaugurar o Inferno mais cedo. Disse ele que era preferível acabar com a agonia de vez!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Novo desafio (É o que dá ser cusca... grruuunnnfffff!)

Isto de andar a cuscar os blogs favoritos dá nisto. Mais um desafio. Mas como achei este muito interessante, cá vai.


O desafio é o seguinte:

1) Agarrar no livro mais próximo.
2) Abrir na página 161.
3) Procurar a 5a frase completa.
4) Colocar a frase no blog.
5) Não utilizar a melhor frase nem o melhor livro! Usar mesmo o livro que está mais próximo!
6) Passar a 5 pessoas.


Livro (que estava em cima da almofada da cama ao meu lado): "Tudo o que temos cá dentro" de Daniel Sampaio


Frase: "[...] um caminho muito estreito por entre os pinheiros a terminar na praia."


Tal como foi sugerido pelo Furetto, passo aos 5 primeiros que lerem este post. Se lhes apetecer, claro. ;)

Jim Morrison - The Lizard King


Jim Morrison e os “The Doors” fazem parte do meu imaginário infantil e juvenil. E adulto também, convém reforçar. Até porque gosto da música que ele fazia. E das suas letras. E do que escrevia.

Descobri, aqui há uns anos, que além de um brilhante músico/intérprete, o Rei Lagarto sabia “sentir”, pôr no papel os sentimentos. Pena que “partiu” tão cedo… o mundo ficou mais pobre.

Aqui ficam alguns dos seus “pensamentos” que, de uma maneira ou outra, me tocaram e me fizeram pensar…

That's what real love amounts to: letting a person be what he really is. Most people love you for who you pretend to be. To keep their love, you keep pretending, performing. You get to love your pretence. It's true, we're locked in an image, an act, and the sad thing is, people get so used to their image, they grow attached to their masks. They love their chains. They forget all about who they really are. And if you try to remind them, they hate you for it, they feel like you're trying to steal their most precious possession.

É verdade. Muitos de “nós” fingem ser quem não são. E se alguém “nos” tenta chamar à atenção, reagimos mal. Achamos que os outros estão errados e “nós” sempre certos.
Vamos tirar as nossas “máscaras” e mostrar quem realmente somos. Os “outros” merecem… e “nós” também.

The most important kind of freedom is to be what you really are. You trade in your reality for a role. You trade in your sense for an act. You give up your ability to feel, and in exchange, put on a mask. There can't be any large-scale revolution until there's a personal revolution, on and individual level. It's got to happen inside first. You can take away a man's political freedom and you won't hurt him- unless you take away his freedom to feel. That can destroy him. That kind of freedom can't be granted. Nobody can win it for you.

É isso mesmo. Tirar a “máscara”, deixar o “palco” e começar a “viver”. Deixar de “representar”.
Quando começamos a representar um papel deixamos de ser nós próprios, transformamo-nos numa “farsa”… deixamos de ser “livres”.
E tal como diz Jim… a nossa liberdade de “sentir”, ninguém a pode conquistar por nós! Temos de ir à luta!!!

People are afraid of themselves, of their own reality; their feelings most of all. People talk about how great love is, but that's bullshit. Love hurts. Feelings are disturbing. People are taught that pain is evil and dangerous. How can they deal with love if they're afraid to feel? Pain is meant to wake us up. People try to hide their pain. But they're wrong. Pain is something to carry, like a radio. You feel your strength in the experience of pain. It's all in how you carry it. That's what matters. Pain is a feeling. Your feelings are a part of you. Your own reality. If you feel ashamed of them, and hide them, you're letting society destroy your reality. You should stand up for your right to feel your pain.

Esta… pôs-me a pensar. Medo dos sentimentos, dos nossos sentimentos, medo de sentir. Resumindo, e sem “tretas”, medo de amar… porque muitas vezes isso também quer dizer “sofrer”. O que também não quer dizer “necessariamente” que seja obrigatório “sofrer”.

E tal como me disse um amigo, deixar de amar, de se entregar ao amor porque se tem medo de sofrer, é o mesmo que ter medo de viver. Diz ele: “Medo de amar? O sentimento de amor ou se sente ou não se sente. Não querer sair magoado? Não está a dar a oportunidade de amar e ser amado. Mesmo que depois não seja o que se estava à espera, não deve haver arrependimentos nem sofrimentos… se algum dos dois sofrer, acho que valeu a pena porque deram oportunidade ao amor…”

Fez-me chegar à conclusão que tenho o direito de amar e falhar. Se falhar, tenho o direito de mostrar a minha dor porque o amor acabou. Mas também posso dizer com toda a segurança: Amei e fui feliz.

Como já postei isto noutras andanças (outro blog meu), alguém me deixou este comentário:

Não podemos deixar de tropeçar nos Doors, claro (quem tem idade para isso).
Mas não valorizemos utopias imaginárias para além do valor que têm: Utopias! Que ocupam o seu lugar fundamental, estruturante na forma de ver e idealizar. E não mais que isso. Quem não consegue atingir o nirvana da perfeição e a felicidade suprema (tretas, obviamente), não fica por isso diminuído. Coxo talvez, mas mesmo assim humano. Por isso mesmo frágil e imperfeito. Felizes os que são capazes de serem felizes sem serem perfeitos, com todas as suas maleitas e incapacidades.
Temos o direito de sermos como somos, de mostrar as forças e as fraquezas, de ser compreendidos sem ser julgados.
Amar é um privilégio. Não ama quem quer. De um lado o céu, do outro o inferno. Acredito que, mesmo assim, deve valer a pena. Dizem que sim.

É verdade. As utopias têm o valor que têm e ponto final. Por isso são “utopias”. Eu gosto mais de “sonhos”. E sonhar é bom e faz bem à alma. Até podem ser sonhos-utopias, mas quem me vai impedir de os sonhar? Ninguém… e enquanto sonho sou feliz…

E perfeitos? Não somos certamente. Ninguém é. Mas são precisamente as “imperfeições” que nos fazem únicos. Humanos. Porque não existe nada mais imperfeito que o ser humano.

Eu sou feliz com as minhas imperfeições. E SIM, tenho o direito de ser como sou: imperfeita! “What you see is what you get!” Nem mais nem menos. Nunca pretendi ser o que não sou.

Ser compreendida? Não espero que todos me compreendam… não é fácil, admito. Será talvez o privilégio de alguns, muito poucos. Chegam os dedos de uma mão para os contar… Não porque os restantes não atinjam, mas porque eu não quero…

Ser julgada? Bem… isso poderia preocupar-me se viesse da parte de alguém importante na minha vida. Quanto aos outros… “Love me or hate me... I’m still gona shine!”

E amar é um privilégio? Então eu sou decididamente uma privilegiada. Porque eu amo! E mais não digo…

domingo, 7 de dezembro de 2008

Bendito vinho tinto

Descobri a razão porque gosto tanto de vinho tinto… maduro… alentejano… ou não.


(para aumentar, clique aqui)

Deixo uma sugestão: Quinta do Cardo. Experimentem… de preferência a degustar com um bom queijo… uma lareira… e uma boa companhia. ;)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

De volta... do inferno!

Alguns (ainda que poucos... mas bons!) devem ter dado pela minha ausência da blogosfera. Pois é. O meu querido pc (imaginem um rilhar de dentes como música de fundo...) decidiu pifar! E antes de um fds prolongado. E quando eu tinha tanto que fazer e precisava de um computador e internet. E quando precisava da informação que ele tinha nas suas entranhas. Quase o mandei ver a cor da parede cá de casa mais de perto!


Mas pronto. Ao menos deu tempo para me desfazer de algum do pó que pairava cá por casa depois das obras. Do mal o menos.

Mas a desgraça não ficou por aqui... naaaaaaaaaaaaaaaão.

Pensam vocês... "Ela podia ter aproveitado e ir dar um passeio...". Pois... tinha sido bom, não tinha? Mas não foi! O meu chaço decidiu pifar também! Só quase não o mandei ver a cor do muro mais de perto... porque é muito pesado e não conseguia pegar nele... e porque depois ficava mais cara a reparação!

E pensam vocês outra vez... "Ok. Sem pc, sem carro... podia ter pegado no telemóvel e ligar para um(a) amigo(a) e conversar." Pois... mas não liguei. E sabem porquê??? Porque o desgraçado do meu telemõvel também decidiu pifar!!! Ahhhhhhhhh! Mas este FOI VER A COR DA PAREDE DO MEU QUARTO DE PERTO... Ficou a saber que é branca. E morreu!!! Hahahaha... Foi a minha vingança. Desopilei!

Acham isto normal? NÃO! NÃO É NORMAL! É COISA DO DEMO!!!

Cruzes, credo!!!

Graças a Deus voltou tudo ao normal. Para já...


P.S.: Agradeço os comentários deixados e prometo que amanhã respondo a todos. Bjinhos!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pergunta "estúpida"... resposta "à letra"!!!


Conversa hoje no escritório, entre a um senhor “estúpido” e aqui a “je” que não estava para amar…

Prólogo: O dito “estúpido” queria saber uma resposta a uns faxes (o mesmo enviado 4 vezes, sempre a perguntar o mesmo… e já respondido 4 vezes!)…

Estúpido - "Estou farto de mandar faxes para cá e como não me respondem decidi vir cá saber a resposta pessoalmente. Será que escrevi em chinês?

Aqui a “je” - "Não. O senhor não sabe é ler português!!!"

Silêncio sepulcral… e uma ventania repentina…

Não. Não é uma cena de suspense de um filme de terror. Era mesmo o “estúpido” a voar porta fora furioso.

Epílogo: Logo a seguir ligou o advogado do “estúpido” a pedir desculpa do sucedido… a rir-se.

P.S.: A minha colega de escritório ia-lhe dando uma coisinha má… lol

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Obras…

Como se não me bastasse ter obras numa rotunda perto de casa, o que levou a um aumento do fluxo de trânsito na minha rua e consequentemente, a uma dor de cabeça monstra para sair de casa a cada manhã; como se não me bastasse as obras no caminho entre a minha casa e o escritório, com um desvio ao “desvio” que me está a pôr o carro a cair aos pedaços (literalmente… caiu-me a panela do escape… a ver vamos o que se segue!), aqui a “je” teve a brilhante ideia de fazer obras em casa… no saneamento… o que levou a que me esburacassem a casa de uma ponta a outra. Mas esburacaram mesmo. Um buraco de 70 cms de fundo… aberto à força de martelo pneumático, ao longo da minha sala de jantar, cozinha, despensa e sala de estar… da porta do quintal até à porta da rua!

Para além de ter a casa completamente desmontada (é uma aventura encontrar seja o que for...), é tanto o pó branco aqui na minha casinha que já sai pelas portas e janelas. Ainda apanho uma overdose e vou presa por tráfico de estupefacientes!

Se eu me lembrar outra vez de fazer obras em casa… por favor, internem-me, ok? Pleeeeeeaaaaaaaasssssseeeeeeee!

Eu quero ir pr’a iiiiiiiiiiillhhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Para reflectir...

OS SAPATOS DA FELICIDADE
"Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes."
(Mateus 25: 40).

Num fascinante poema de Edwin Markham, "Os Sapatos da Felicidade," Conrad, o velho sapateiro, sonhou uma noite que o Mestre viria visitá-lo. Logo nos primeiros minutos do dia,ele levantou-se e decorou toda a sua pequena loja com flores brilhantes e alegres e esperou. Quando o mestre chegasse, ele lavaria os Seus pés e beijaria as Suas mãos onde os cravos as perfuraram. Mas o Mestre não veio. Um mendigo entrou na loja e Conrad deu-lhe um par de sapatos. Uma velha mulher entrou também na loja. Andava curvada devido a um pesadosaco que trazia às costas. Ele retirou aquela pesada carga dos seus ombros e deu-lhe comida para reanimar as suas forças. Finalmente, pouco antes do dia dar lugar à escuridão, um pequeno menino entrou na loja. Os seus olhos estavam molhados de lágrimas. Conrad pegou-lhe pela mão e levou-o de volta até à sua mãe. Mas o convidado divino não veio.

Então, no silêncio da noite, ele ouviu uma voz suave e meiga: "Alegra o teu coração. Eu mantive a minha palavra. Três vezes Eu vim até à tua porta amorosa. Três vezes a minha sombra estava no teu chão. Eu era o mendigo com feridas nos pés, eu era a mulher que tu alimentaste, eu era a criança perdida na rua."

(Paulo Roberto - SP - Brasil)

Quando eu digo que em tudo na minha vida eu procuro a direcção de Deus, que me chego a Ele em oração (porque orar é falar com Deus) e que Ele me orienta e me responde, muitas vezes me têm perguntado como é que isso acontece, como é que Deus “fala” comigo.

Pois no texto transcrito acima está bem ilustrado alguns dos “como” Deus responde aos que o procuram.

Porque Deus pode responder-nos de tantas maneiras. Com um sentimento que, de repente, nos nasce no coração. Com um telefonema de alguém que traz a resposta à nossa pergunta. Com o comentário de alguém numa conversa que estamos a ter. Numa pregação. Na leitura da Bíblia.

Tantas e tantas vezes, ao ler a Bíblia antes de dormir, encontrei respostas às minhas perguntas, às minhas dúvidas. Encontrei conforto, sabedoria, paz.

E apesar dos “pesares” da vida, sou feliz. Muito feliz.

domingo, 23 de novembro de 2008

Try it sober!!!


"People who drink away their sorrow should be told that sorrow knows how to swim."
(Ann Landers)

Isto vem a propósito da pregação que ouvi hoje na minha igreja (e não... não vou dizer qual nem onde... porque não me apetece e porque se estiverem atentos ficam a saber...), que versava sobre o papel dos pais na orientação dos filhos, para que estes possam via a ser homens bons, decentes. Falou-se, também, nos vícios da juventude de hoje, que não pensam e bebem como se não houvesse amanhã. Como uma jovem (de 15 anos, no máximo!) que eu vi caída no chão, um dia de semana (5ª feira - dia das festas académicas aqui na terrinha), à porta de um bar de estudantes, completamente desacordada, toda vomitada e mijada! É mesmo esse o quadro que estão a imaginar... Os colegas tentavam acordá-la em vão. E recusavam-se a chamar uma ambulância. O que fiz eu, apesar dos protestos "nós cuidámos dela!" (então não cuidaram?... dava pr'a ver a léguas... e cheirar!).

Sinceramente, gostava que alguém me explicasse o que vai na cabeça dos jovens de hoje. Bebem até cair. Dão cabo da saúde. Fazem figurinhas tristes. Que recordações ficam dessas "desvairadas" noites??? Eu também já fui universitária (há mais de 20 anos e naquele tempo também se bebia, também havia bares e discotecas), também me diverti e tenho excelentes recordações desse tempo (algumas darão boas histórias para contar aos meus netos... lol).


"One reason I don't drink is that I want to know when I'm having a good time."
(Nancy Astor)

Peanut... I Love it!

Para descontrair... ri até às lágrimas. Vale a pena ver.

São 3 partes... perto de 25 minutos, mais coisa menos coisa.





sábado, 22 de novembro de 2008

Second Life

Já tinha ouvido falar neste mundo virtual. Já tinha pesquisado na Internet sobre o assunto... e achei que era para quem que se queria entreter um pouco... ou para quem não tinha nada melhor para fazer na vida.


Qual não é o meu espanto, leio hoje no IOL Diário (aqui) que uma britânica pediu o divórcio depois de descobrir que o marido tinha uma amante... uma "avatar"... no Second Life! E tem mais! Segundo a advogada, era o segundo caso de pedido de divórcio que tinha aquela semana pelo mesmo motivo!!!



Oh valha-me Deus! Será que eu sou a única a achar isto ridículo? Primeiro criar uma vida paralela virtual e depois arranjar uma amante também virtual!

Não lhes chega a vidinha que têm? Ainda querem mais emoção, aventura, risco, complicações do que a vida real nos dá todos os dias?

Sabem o que eu diria a esses "seres viventes de segunda"???

GET A LIFE... A REAL ONE!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Sherlock Holmes e Watson

«Sherlock Holmes e Watson vão acampar.

Montam a tenda e, depois de uma boa refeição e uma garrafa de vinho, deitam-se para dormir.

Algumas horas depois, Holmes acorda e diz para o seu fiel amigo:
- Meu caro Watson, olhe para cima e diga-me o que vê.

Watson responde: - Vejo milhares e milhares de estrelas.

Holmes, então, pergunta: - E o que isso significa?

Watson pondera por um minuto, depois enumera:
1. Astronomicamente, significa que há milhares e milhares de galáxias, e, potencialmente, biliões de planetas.

2. Astrologicamente, observo que Saturno está em Leão e teremos um dia de sorte.

3. Temporalmente, deduzo que são aproximadamente 03 horas e 15 minutos pela altura em que se encontra a Estrela Polar.

4. Teologicamente, posso ver que Deus é Todo-Poderoso e somos pequenos e insignificantes.

5. Meteorologicamente, suspeito que teremos um lindo dia. Correcto?

Holmes fica um minuto em silêncio e diz: - Porra, Watson, não vê que nos gamaram a tenda???»


Moral da história:
A vida é simples, nós é que a complicamos...
Texto recebido por e-mail. Desconheço o autor.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Informação de utilidade pública... Mais-Valias...

Recebi por mail. Adorei.


O desenho original é um cadito mais "mal-educado"... e eu como não gosto de palavrões... escondi o palavrão.

Mas também é só substituir os tracinhos com as seguintes letras: h - a -r - l - a. Até se distraem um bocado... das mais-valias...
hihihi

E não é que é mesmo verdade?!???

"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos!"
(desconheço o autor)





É verdade verdadinha... daquelas verdadeiras. Assim como esta aqui abaixo...


"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."
(Albert Einstein)


E tive a prova "provada" disso hoje mesmo!!!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Dedicação ao trabalho

Pémio Inovação!

(cartoon by Quino)

(Cliquem na imagem para ampliar... ou não. Esta porra não está a funcionar!!! Gruunnnfffff!)



Digam lá que não é uma ideia original!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Passa a palavra... pelas mulheres.





Porque eu já passei por isto … e porque a prevenção e detecção precoce podem salvar uma vida… divulguem.

domingo, 16 de novembro de 2008

Recordar é viver!

Recebi por mail e decidi partilhar com os “joves”…

Fartei-me de recordar! Que bom que era…




Nasceste antes de 1986? Então lê isto... Se não... lê na mesma....

Esta merece!!! Deliciem-se...


NASCIDOS ANTES DE 1986

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos.

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas “à prova de crianças”, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar à frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos Play Station, X Box.

Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua.

Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía!

Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.

Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos.

Acreditem ou não íamos a pé para a escola. Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles? Parabéns! Então és dos que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, “para nosso bem”.

Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei que gostassem de ler acerca de nós.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986, ou depois. Chamam-se jovens.

- Nunca ouviram “We Are The World” e “Uptown Girl” conhecem de Westlife e não de Billy Joel.
- Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.
- Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.
- A Sida sempre existiu.
- Os CD's sempre existiram.
- O Michael Jackson sempre foi branco.
- Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo tivesse sido um deus da dança.
- Acreditam que Missão Impossível e Anjos de Charlie, são filmes do ano passado.
- Não conseguem imaginar a vida sem computadores.
- Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:

1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis.
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.

SIM! ESTAMOS A FICAR VELHOS… heheheh… mas tivemos uma infância do caraças!

sábado, 15 de novembro de 2008

HOMENS!!!!!!! A Melhor de Sempre!!!

É enviado um neurónio ao cérebro de um homem. Ele chega, entra e não encontra nada.

- 'Há alguém aqui?! - pergunta baixinho.

- 'HÁ ALGUÉM AQUI? OOOLÁAAA! NÃO HÁ NINGUÉM...?' - snif, snif...

O pobre neurónio encontrava-se sozinho ali. Começou a ficar muito triste e continuou a lamuriar-se:

- Eu aqui tão sozinho... snif... snif...para o resto da vida... snif!'

De repente, ouve um ruído de alguém que se aproximava... Era outro neurónio que, ao vê-lo, pergunta:

- Que fazes aqui sozinho? Porque choras ?

- Porque pensava, snif... que não havia ninguém e que ia ficar aqui para sempre sem companhia... snif...'

- Tás maluco? Somos imensos! Estamos é todos lá em baixo, na outra cabeça, onde há uma g'anda festa... Eu só subi para vir buscar gelo!...'
(Recebido por e-mail... de um homem... hehehe)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Desafio Musical (metem-me em cada uma... )

A salto-alto meteu-me em trabalhos e propôs-me este desafio. Mas eu, tal como ela mesma afirmou sobre si própria, não sou mulher de fugir a desafios. Visto isto, cá vai…

1. Colocar uma foto individual minha:



2. A banda escolhida foi os “The Eagles” (eu sei que é retro, mas eu gosto e quem está a responder sou eu!)

3. Responder às seguintes questões com títulos de músicas da banda escolhida:

3.1. És Homem ou Mulher? Witchy Woman
3.2. Descreve-te: Guilty Of The Crime
3.3. O que as pessoas acham de ti? Peaceful, Easy Feeling
3.4. Como descreves o teu último relacionamento? Wasted Time (não podia ser mais apropriado!)
3.5. Descreve o estado actual da tua relação. Love Will Keep Us Alive
3.6. Onde querias estar agora? Hotel California
3.7. O que pensas a respeito do amor? You Are Not Alone
3.8. Como é a tua vida? Dust In The Wind
3.9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo? No More Cloudy Days
3.10. Escreve uma frase sábia. Get Over It

4. Desafiar 4 pessoas para este desafio.

Pois… isto é que já é mais difícil! Dos blogs por onde costumo navegar, quase todos já foram desafiados. Assim sendo, só sobra o Rafeiro Perfumado, que ainda não respondeu ao desafio. Pelo menos assim o disse no blog da salto-alto. Mas respondes se quiseres, claro. Mas adorava ver as tuas respostas… vá lá… ;)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Isto é que vai uma crise! (parte II)



É que nem assim saimos dela!!! Gruunnnfffff!!!


P.S.: Este post foi escrito depois de receber a conta do mecânico... nem vos digo quanto foi... é uma quantia obscena... e eu não digo palavrões!!!


Isto é que vai uma crise!

(clique na imagem para ampliar)


Com a crise que atravessamos sem fim à vista, mais vale viver um dia de cada vez e de preferência, a rir. Porque se nos pomos a chorar, além da crise, ainda vamos ser atingidos por uma catástrofe natural… uma inundação geral no país (nada mais natural se nos pomos todos a destilar lágrimas), somos declarados zona de catástrofe.

Recebi o texto abaixo por mail e chorei… mas foi a rir! É uma ideia maluca, claro. Mas pensando bem… quiçá até funcionava… hummmmm…


PLANO PARA SALVAR PORTUGAL DA CRISE
Passo 1:
Trocamos a Madeira e os Açores pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar o Sócrates.
Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. A Espanha fica encurralada entre os Bascos e o Sócrates.
Passo 3:
Desesperados, os espanhóis tentam devolver o Sócrates. A malta não aceita.
Passo 4:
Oferecem também o Pais Basco. A malta mantêm-se firme e não aceita.
Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis devolvem-nos a Madeira e os Açores e dão-nos ainda o Pais Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Sócrates. A malta arma-se em difícil mas aceita.
Passo 6:
Damos a independência ao País Basco. A contrapartida é eles ficarem com o Sócrates. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Sócrates Portugal torna-se um paraíso e a Catalunha não causa problemas.
Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta o Sócrates, e o País Basco pede para se tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar de estar lá o Sócrates).
Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós mandamos-lhes o Sócrates.
Passo 9:
O Brasil pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e manda o Sócrates para os Farilhões das Berlengas apesar das gaivotas perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de por ovos.
Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!
Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência quando os mandamos para Marrocos.
Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.
Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.
Passo 14:
Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Sócrates e eles rendem-se incondicionalmente.

Está ultrapassada a crise!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Wisdom...


An ancient writer said:


"Words of wisdom spoken softly
make much more sense than the shouts of a ruler to a crowd of fools.
Wisdom is more powerful than weapons,
yet one mistake can destroy all the good you have done."

domingo, 9 de novembro de 2008

A (in)Justiça em Portugal...

Atentem bem nesta notícia...

“Autarca perde mandato no âmbito do processo “saco azul”

Fátima Felgueiras condenada a 3 anos e 3 meses de prisão com pena suspensa

Fátima Felgueiras foi condenada a três anos e três meses de prisão com pena suspensa e à perda de mandato no âmbito do processo do “saco azul” que hoje foi lido no Tribunal de Felgueiras. A autarca foi condenada por três crimes: um de peculato, um de peculato de uso e um de abuso de poder.

[…]

Felgueiras respeita mas não concorda com decisão

À saída da sessão, Fátima Felgueiras disse que respeita mas não concorda com a decisão do juiz.
“Sempre falei verdade. Em Felgueiras nunca existiu corrupção”, comentou a autarca, segundo a qual o que se passou foi uma “monstruosidade criada por interesses, ódios e vinganças”. “O que disseram sobre mim ao longo destes dez anos é tudo falso”.

Felgueiras sublinhou que não está em causa a perda de mandato porque “não há razão efectiva para ela”.

A autarca revelou que se sente inocente e que não foi condenada, mas libertada.”

In “Público.pt”

Cada vez mais vemos que a dita “(in)justiça” portuguesa não funciona. Quer dizer, funciona… mas mal! E funciona bem… mas mesmo muito bem… para os criminosos!

Depois de ter cometido três crimes (peculato, peculato de uso e abuso de poder), e de ter fugido para o Brasil (e com esta são 4 crimes!... mas o juiz deve ter tido um “lapso” de memória… uppppssssss…), Fátima Felgueiras sai do Tribunal “em braços”, com pena suspensa, é aclamada pela população como uma heroína e ainda declara que “não foi condenada, mas libertada”! E ainda tem honras de “direito de antena” na TV, numa entrevista tipo “mensagem de Ano Novo do PR”!

Cada vez mais me convenço que mais valia arranjarmos um “legislador compulsivo”... e dedicarmo-nos todos à "meditação e à pastorícia"!

Como li num dos comentários à notícia do Público.pt… “Tudo caiu em saco (azul) roto…”

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Travessia...

... rumo ao desconhecido... segura e feliz!


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

22 COISAS QUE DEVES SABER (ou não…)

01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck. (sinto-me tão mais sábia!)

02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$ 40.000 eliminando uma azeitona de cada salada. (será que se aplicar este método no Governo… digamos, eliminar um ministro, resulta e temos um orçamento de estado para 2009 mais “gordinho”? Hein? Hein??)

03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua. (é uma linguaruda, é o que é!)

04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não se lembram onde as esconderam. (que deixem de comer tanto queijo… oras!)

05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado. (essa gostava de ver funcionar comigo!)

06 - As formigas espreguiçam-se pela manhã quando acordam. (olha que giro… eu também… será que sou descendente de alguma formiga???)

07 - As escovas de dente azuis são mais usadas que as vermelhas. (a minha, por acaso, mero acaso mesmo, é azul! Olha a coincidência…)

08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem. (porco = homem (não mulher)... hummmm… olha a novidade!)

09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua. (e qual é o interesse de se conseguir tal feito???)

10 - Só um alimento não se deteriora: o mel. (verdade!)

11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto. (há quem durma com os dois!)

12 - Um terço de todo o sorvete vendido no mundo é de baunilha. (e os outros dois terços? Não interessa saber? Assim ficamos ignorantes…)

13 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos. (e os que escrevem com as duas mãos???)

14 - O 'quack' de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê. (prontos! já não vou dormir esta noite a pensar nisso! chaticeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!)

15 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua. (e o mais perigoso também…)

16 - É impossível espirrar com os olhos abertos. (da próxima juro que vou “ver” se é verdade ou não!)

17 - 'J' é a única letra que não aparece na tabela periódica. (por mais uma podiam inventar um novo elemento… como assim nunca consegui decorar nenhum!)

18 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo. (sério??? nunca tal me passaria pela cabeça… dahhhhhhhhh)

19 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer na frente de um espelho. (e os homens, os homens… e fazem figurinhas taaaaão tristes… isto vai dar um post mais pra diante… ai vai, vai...)

20 - Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite. (depende das situações… algumas depois dão pesadelos!)

21 - 40% dos telespectadores do Tele Jornal dão boa-noite ao José Rodrigues dos Santos no final. (e depois? Só mostram que são “inducados”! oras!)

A ULTIMA É A MELHOR!!!

22 - Aproximadamente 70 % das pessoas que lêem este texto tentam lamber o cotovelo. (e não digam que não tentaram… eu assumo: tentei! dahhhhhhhh pra mim!)

Para ajudar os homens a entenderem as mulheres...

... porque nós, as mulheres, às vezes somos um bocadinho complexas*...


(clicar nas imagens para aumentar)





... não complicadas**!!!
Ah, pois é, meus senhores (é para os homens que estou a falar, claro. As mulheres não precisam que se lhes explique a diferença...). Complicado não é exactamente o mesmo que complexo. Vejam as definições abaixo, do dicionário on-line da Texto Editora. Vá lá, não custa nada. E só ficam mais sabedores!

E porque, embora seja mulher, também me sei rir de mim própria. É saudável. ;)



* complexas: que abrange ou encerra muitos elementos ou partes; que pode ser observado de vários aspectos; circunstâncias ou actos que têm entre si qualquer ligação ou relação; termo utilizado por Freud para designar o conjunto de representações de forte carga emotiva que se encontram reprimidas no inconsciente do indivíduo e que influenciam a sua vida afectiva.

*
* complicadas: em que há complicação; enredado; embaraçado; difícil; entrelaçado; reunido.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Crise... Qual crise!?!??

Assim vai o nosso velho continente... em crise... financeira, económica... e mental!!!


(Lideres europeus à procura da solução para a crise)

E nós, Portugal, como estamos geograficamente na cauda da Europa, temos que levar com a "trampa" toda! E somos os últimos. Em tudo!

Que saudades de quando eramos o país do mundo (quiça da Europa... hehehe) com maior consumo de vinho per capita. Eramos um país de alcoólicos (até as criancinhas bebiam vinho no mata-bicho) mas eramos os primeiros do mundo! Hoje, nem isso... a crise chega a todos, até aos bêbados. Hic... hic... hic...

EU QUERO IR PR'A IIIIIIIIILHAAAAAAAAAAAAAA!!!

domingo, 2 de novembro de 2008

Porque decidi passar pela porta...

... e porque nunca mais voltarei atrás...





Thank You, Lord Jesus!

Os dois lados da porta

Uma porta e só uma
E, contudo, os seus lados são dois:
Lado de dentro e lado de fora,
Em que lado tu estás?
Uma porta e só uma
E, contudo, os seus lados são dois:
Eu estou do lado de dentro,
Em que lado tu estás?



Muitas vezes caminhamos por esse mundo e não nos damos conta da porta. Não é uma porta de madeira, nem de ferro, nem de qualquer material conhecido nas nossas construções. É uma porta especial, decisiva para as nossas expectativas de futuro.

É uma porta única. Não encontraremos uma semelhante em nenhum outro lugar. Ela está sempre à nossa frente até que entremos por ela. E não há lugar mais agradável, mais aconchegante, mais cheio de gozo e alegria do que o encontrado após ultrapassarmos a porta. Eu decidi entrar por ela há cinco anos. Foi um momento raro, fabuloso, inesquecível. Os meus pensamentos mudaram, o meu relacionamento com o mundo mudou, toda a minha vida foi transformada.

Quando estava do lado de fora guardava ódio no coração, não tinha ânimo para coisa alguma, não tinha sonhos, não tinha esperanças, não tinha fé, caminhava sem ir a lugar algum.

Mas eu passei pela porta... que dia feliz! Descobri o amor, abracei a fé, fiz amizade com a esperança, tornei-me coleccionadora de bênçãos. Nunca mais quero voltar ao lado de fora da porta, nunca mais quero vagar sem rumo, nunca mais quero dormir ao lado da tristeza, nunca mais quero deixar o meu querido amigo Jesus. Ele é a Porta!


“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens" (João 10: 9).

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Livro de Reclamações

Hoje cheguei a casa, do escritório, às 23 horas… e sem jantar!!! Foi um dia para esquecer… O escritório parecia que tinha demónio (salvo seja!). A impressora não funcionava, o telefone não se calava… assim como um ilustre advogado… que mais parecia uma matraca desvairada a gritar-me do lado de fora do balcão enquanto eu, ao telefone (maldito!) ouvia os cacarejos da “esponja” (é verdade… foi assim que me soou aos óbidos…) de um exequente que queria saber se a “sinhora solicitadeira” (só faltou acrescentar “do executório”…aaaiiiiii) já tinha feito o “registro” da “pinhora” do “irmóvel” do “malandro do caloteiro do ex-patrão do meu marido!”. Haja paciência!!! Até se me “amarefou o celébro”!

E voltando ao assunto… que acima perdi-me em divagações (leia-se “desabafo”)… Vinha pela A28, a caminho de Viana e pensava: “Isto não são horas de sair do escritório… tou cansada… com fome… e nem um rebuçado ou chocolate na carteira… Pois é, Maria (que sou eu…) tens sempre alguma guloseima à mão e logo hoje… népias!!! Nada, niente, caput!”

Entrei em casa de rastos, e atirei-me para cima do sofá. E ainda tinha uma máquina de roupa para pôr a secar… e estava cheia de fome…

Comi, fiz as minhas “abluções” nocturnas e meti-me na cama… liguei o pc… e fui dar uma voltinha pelos meus blogs favoritos… e deparei-me com o texto que abaixo deixo o link directo. Vale a pena ler.

Veio-me logo à cabeça uma frase que o meu saudoso pai me ensinou em tenra idade e da qual nunca mais me esqueci: “Chorei por não ter sapatos até ver um homem que não tinha pés.

Pois… e pergunto eu: Quantas vezes nos queixamos disto e daquilo… porque chove… porque… porque está trânsito e vou chegar atrasada… porque este cliente é um chatarrão e nunca mais se cala… porque o almoço estava uma porcaria e veio frio e demorou muito… porque… porque… Reclamamos de tudo e de todos. E as crianças (e adultos também) que passam pelo mesmo que o menino do texto da Maria todos os dias, queixam-se de quê?

Já agora… pergunto também: E NÓS, RECLAMAMOS DE QUÊ???

Depois do dia de ontem… depois do meu post “Solidão…”, reconheço que não tenho do que realmente me queixar. Tenho saúde, trabalho, tecto e amigos, uns reais e outros virtuais (Obrigado Saltinho! Bjinhos)

Aqui --> Speechless fica o tal texto… na íntegra.


Dá que pensar…




Alguma reclamação???

domingo, 26 de outubro de 2008

Solidão...

Hoje sinto-me só... tão só... no meio da multidão. Invisível, sem importância, dispensável...








SÓ. TERRIVELMENTE SÓ!

sábado, 25 de outubro de 2008

A tradição já não é o que era!

“A tradição já não é o que era!” Uma frase que nos fartamos de ouvir, todos os dias. A propósito de toda e qualquer situação. Coisas há que mudaram e bem, pois algumas tradições antigas não se enquadrariam muito bem nos dias de hoje. A isso se chama evolução. Algumas mantêm-se até aos dias de hoje. Outras perderam-se ou estão a perder-se.

E perguntam-se vocês: “A que propósito vem isto? Mas que raio deu a esta? Saudosismo?” Foi isso mesmo. Saudades. Da minha infância, do tempo em que tudo era puro, em que nada (ou quase nada) fazia mal. Da fruta arrancada da árvore e comida só com uma esfregadela na roupa, das castanhas assadas na rua e comidas num cartuxo feito de uma folha arrancada da lista telefónica, de comer peixe do rio. Os tempos são outros.

Disto caminhamos para isto!

De tarde, ao observar da minha janela os filhos de vizinhos a brincar, apesar de estar uma tarde agradável e viver numa zona residencial onde o perigo do trânsito quase não existe, as crianças, cinco, estavam sentadas no pátio de uma das casas, de volta de um computador portátil. Gritavam excitadas. Espreitei… jogavam um desses jogos de estratégia militar. Voltei atrás no tempo e revi-me com a idade deles a jogar nesta mesma rua, com total liberdade de movimentos, sem ninguém nos controlar os passos. Jogávamos à bola, ao apanha, à macaca, ao mãezinha dás licença, ao lencinho e muitos outros. Divertíamo-nos horas a fio, todos os dias.

Este Verão, vários da minha geração, decidimos recuperar um espaço aqui na rua, a chamada “garagem” (trata-se de um espaço em tempos fechado com muro e portão em frente de três garagens particulares), onde nós brincávamos em crianças, com a ajuda das crianças de hoje (filhos) e transformá-lo num espaço lúdico onde recordamos brincadeiras antigas. Na minha pesquisa na Net, encontrei esta preciosidade que muito nos ajudou. Um bem-haja a quem se deu ao trabalho de recuperar algumas “tradições” e compilou esta obra para podermos ensinar às nossas crianças como se podem divertir sem estarem sempre “ligadas” à corrente!

O LEGISLADOR COMPULSIVO

O LEGISLADOR COMPULSIVO

“Dona Josefina sentiu o rompimento da bolsa das águas, telefonou ao Dr. Malato, seu consorte, e duas horas depois, deu à luz. Parto descomplexado foi aquele se se tiver em conta que o feto, desde o quarto mês, revelara uma insólita irreverência, trambolheando dia e noite no ventre materno. Parto Natural, “faça força Dona Josefina! Faça força! Respire fundo!”, enfim, o costumeiro, e, impante, saíra o jovem Marcelino, nadando em estilo mariposa e rindo, perante o espanto da reduzida plateia.

O médico que se preparava para a clássica nalgada e choro subsequente, poisou a criatura no colo de Dona Josefina, auto-flagelou-se num sumário exame de consciência, abjurou de Hipócrates e emigrou para o Iémen do Sul, passando a dedicar-se à meditação e à pastorícia.

O Dr. Malato, porém, viu, nas gargalhadas do neófito, um halo divino.
- Vai ser alguém na vida. Um revolucionário! No bom sentido, claro... – anunciou, nessa noite, perante uma roda de subordinados lá da repartição. Premonizava, certeiramente, o Dr. Malato.

Aos 4 anos de idade, o jovem, brincando aos médicos com a vizinha do rés-do-chão, insistia ele próprio em dar à luz e em amamentar as bonecas.

Aos 6 anos, semeou uma ninhada de viçosos pintainhos, regando-os e adubando-os, e durante meses esperou que, daquele palmo de terra, florescessem frondosas galinhas.

Aos 8 anos, Marcelino questionara Dona Miquelina, a mestra, tentando convencê-la de que o abecedário pelo que se impunha a aprendizagem das letras, de trás para a frente, “z”, “x”, “v” até ao “a” definitivo, permitiria, está bom de ver, uma revitalização da actividade editorial, com a necessidade de publicação de novos manuais escolares, mais emprego nas livrarias, nos transportes, efeito cascata sobre a economia nacional, etc..

Aos 10 anos, no adro da escola, pugnou (sem êxito, diga-se) junto dos colegas por uma alteração radical nas regras de futebol: ganharia a equipa que mais vezes conseguisse atirar a bola para lá dos muros da escola.

Os guarda-redes seriam dispensados por inutilidade superveniente. Um contrincante, guardião titular, menos atreito a inovações abusivas, esmurrou-o no nariz. Disto Dona Josefina e o Dr. Malato tinham notícia e exultavam, - Vai em frente, Marcelino!

Aos 15 anos, o infante apaixonou-se por uma professora de francês, de longos “erres” e longas pernas (“Marrrrcelinô, viens ici, mon cherrrri!”), mas cedo a paixão se desvaneceu quando não logrou convencê-la de que Baudelaire nascera em Salvaterra de Magos, e emigrara para França, no final da década de 60 e de que o Maio de 68 acontecera em 69.

Em assomos de incontida raiva, Marcelino trancava-se no seu quarto, mas ficava sempre do lado de fora, o que, dizia ele, lhe permitia uma maior liberdade de movimentos.

Dois anos depois, voltou a enamorar-se. Os seus oaristos, longos e profusamente adjectivados, enlouqueciam a eleita. Num dia enviava-lhe uma carta e, no dia seguinte, uma outra, revogando o conteúdo da precedente. Porém, logo a seguir, repristinava, em nova missiva, as juras da primitiva. Ao fim de meio ano de frenética interpretação epistolar, a jovem mudou de sexo e de endereço, perante a estupefacção de Marcelino. Recomposto, aos 19 anos prometeu casamento a uma colega de faculdade, mas o contrato esteve prestes a naufragar, quando, numa completa subversão das regras instituídas, exigiu que fosse o pai da noiva a oferecer-lhe a mão da filha.

O casório, por exigência de Marcelino, foi pouco convencional: a consumação deu-se por procuração bastante, a boda teve lugar na véspera e a cerimónia foi oficiada pelo vereador das Obras da Câmara Municipal, enquanto o padre, adequadamente paramentado, despachava, favoravelmente, o licenciamento de um prédio de 15 andares, em área protegida. Obviamente, que Marcelino envergava um vestido branco, de mousseline e longa cauda, e a noiva, a prendada Dona Estefânia, luzia um fato cinzento e um farto bigode, circunstância que originou aplausos espontâneos na plateia. Aos vinte e três anos, Marcelino conseguiu um diploma de licenciatura em Direito pela nóvel faculdade de Cabeceiras de Baixo, cum laude. O Dr. Malato, pessoa de influências, calcorreou a sua lista de conhecimentos não sem antes ter confabulado com Dona Josefina.

- O rapaz não é tolo. Mas noto-lhe uma propensão, quiçá exagerada, para o empolamento e para a subversão.
Que dizes Josefina?

Dona Josefina, que, sobre todos os temas, tinha opinião certeira, exprimiu-se.

- Pois será, Malato...

- Lembras-te, Josefina, de quando foi votar pela primeira vez? Recordas-te que o Presidente da mesa teve de chamar a GNR porque ele queria meter a urna, à força, dentro do boletim de voto? E lembras-te do dia em que tentou meter o microondas dentro de uma sande de chouriço?

- Se me lembro... O trabalho que eu tive para o convencer de que isso só dá com sandes de queijo...

- Pois é – prosseguiu o Dr. Malato. Temos um problema entre mãos. Na repartição não consigo encaixá-lo depois de ele ter andado por aí a distribuir panfletos a defender que o IRS deveria ser pago pelo Governo aos cidadãos, de uma vez só, logo à nascença e com correcção monetária.

- E nos Estrangeiros? Não conheces lá aquele Saraiva, que tem a mulher bexigosa?

- Não dá. O Saraiva demitiu-se. Agora dá aulas nas privadas. Sociogeopolítica Infra-Estruturas no Espaço Europeu. É uma coisa que está a dar. Quatrocentos alunos.

- E a Advocacia? Gostava tanto de ter um filho que defendesse os pobres e os ricos, uns contra os outros...

- Também não dá, mulher. A Advocacia é um antro de perdição. Entre a Advocacia e o inferno a única diferença é que a Advocacia pratica-se ainda em vida. E nem vejo como ele pudesse ser Advogado. Iria apresentar contestações antes da petição, iria apresentar recursos na Loja das Meias...

- Oh, Malato! Que sina a nossa! Suspirou Dona Josefina, olhando, de soslaio, na TV, o Big Brother.

O Dr. Malato sorveu duas puxadas no cachimbo e viu as volutas subirem, molengas, até ao tecto. De repente, deu um salto da poltrona e bateu na testa.

- A JUSTIÇA! Conheço o Meneses da Justiça! VAI ABRIR-SE UMA VAGA PARA LEGISLADOR!!!”

Publicado no “Boletim da Ordem dos Advogados”
(desconheço o autor e o nº da edição)


No seguimento do meu post anterior sobre a justiça… quem sabe não seria um legislador destes que a justiça portuguesa precisava. Afinal ele não faria nem mais nem menos do que os actuais “fazedores” das leis deste país. Basta ver a última “reforma” ao Código Penal… Sem comentários! Melhor. Reformem os legisladores actuais… A justiça portuguesa só tinha a ganhar…

Ah!... e ao menos com um “legislador compulsivo” sempre estava garantido que iríamos às lágrimas… mas não de tristeza… de rir mesmo… porque se assim fosse podíamos “achar” que, de verdade, estávamos a viver numa “república das bananas” ou “na casa da mãe Joana”… e poderíamos todos, alegremente, tal como o “Dr. Malato”, dedicar-nos “à meditação e à pastorícia”!


P.S.: A alguns (ou todos...) dos nossos legisladores, gostava de poder ter o "poder" de lhes mandar um bilhetinho igual a este aqui em baixo... ai gostava, gostava!