segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Jim Morrison - The Lizard King


Jim Morrison e os “The Doors” fazem parte do meu imaginário infantil e juvenil. E adulto também, convém reforçar. Até porque gosto da música que ele fazia. E das suas letras. E do que escrevia.

Descobri, aqui há uns anos, que além de um brilhante músico/intérprete, o Rei Lagarto sabia “sentir”, pôr no papel os sentimentos. Pena que “partiu” tão cedo… o mundo ficou mais pobre.

Aqui ficam alguns dos seus “pensamentos” que, de uma maneira ou outra, me tocaram e me fizeram pensar…

That's what real love amounts to: letting a person be what he really is. Most people love you for who you pretend to be. To keep their love, you keep pretending, performing. You get to love your pretence. It's true, we're locked in an image, an act, and the sad thing is, people get so used to their image, they grow attached to their masks. They love their chains. They forget all about who they really are. And if you try to remind them, they hate you for it, they feel like you're trying to steal their most precious possession.

É verdade. Muitos de “nós” fingem ser quem não são. E se alguém “nos” tenta chamar à atenção, reagimos mal. Achamos que os outros estão errados e “nós” sempre certos.
Vamos tirar as nossas “máscaras” e mostrar quem realmente somos. Os “outros” merecem… e “nós” também.

The most important kind of freedom is to be what you really are. You trade in your reality for a role. You trade in your sense for an act. You give up your ability to feel, and in exchange, put on a mask. There can't be any large-scale revolution until there's a personal revolution, on and individual level. It's got to happen inside first. You can take away a man's political freedom and you won't hurt him- unless you take away his freedom to feel. That can destroy him. That kind of freedom can't be granted. Nobody can win it for you.

É isso mesmo. Tirar a “máscara”, deixar o “palco” e começar a “viver”. Deixar de “representar”.
Quando começamos a representar um papel deixamos de ser nós próprios, transformamo-nos numa “farsa”… deixamos de ser “livres”.
E tal como diz Jim… a nossa liberdade de “sentir”, ninguém a pode conquistar por nós! Temos de ir à luta!!!

People are afraid of themselves, of their own reality; their feelings most of all. People talk about how great love is, but that's bullshit. Love hurts. Feelings are disturbing. People are taught that pain is evil and dangerous. How can they deal with love if they're afraid to feel? Pain is meant to wake us up. People try to hide their pain. But they're wrong. Pain is something to carry, like a radio. You feel your strength in the experience of pain. It's all in how you carry it. That's what matters. Pain is a feeling. Your feelings are a part of you. Your own reality. If you feel ashamed of them, and hide them, you're letting society destroy your reality. You should stand up for your right to feel your pain.

Esta… pôs-me a pensar. Medo dos sentimentos, dos nossos sentimentos, medo de sentir. Resumindo, e sem “tretas”, medo de amar… porque muitas vezes isso também quer dizer “sofrer”. O que também não quer dizer “necessariamente” que seja obrigatório “sofrer”.

E tal como me disse um amigo, deixar de amar, de se entregar ao amor porque se tem medo de sofrer, é o mesmo que ter medo de viver. Diz ele: “Medo de amar? O sentimento de amor ou se sente ou não se sente. Não querer sair magoado? Não está a dar a oportunidade de amar e ser amado. Mesmo que depois não seja o que se estava à espera, não deve haver arrependimentos nem sofrimentos… se algum dos dois sofrer, acho que valeu a pena porque deram oportunidade ao amor…”

Fez-me chegar à conclusão que tenho o direito de amar e falhar. Se falhar, tenho o direito de mostrar a minha dor porque o amor acabou. Mas também posso dizer com toda a segurança: Amei e fui feliz.

Como já postei isto noutras andanças (outro blog meu), alguém me deixou este comentário:

Não podemos deixar de tropeçar nos Doors, claro (quem tem idade para isso).
Mas não valorizemos utopias imaginárias para além do valor que têm: Utopias! Que ocupam o seu lugar fundamental, estruturante na forma de ver e idealizar. E não mais que isso. Quem não consegue atingir o nirvana da perfeição e a felicidade suprema (tretas, obviamente), não fica por isso diminuído. Coxo talvez, mas mesmo assim humano. Por isso mesmo frágil e imperfeito. Felizes os que são capazes de serem felizes sem serem perfeitos, com todas as suas maleitas e incapacidades.
Temos o direito de sermos como somos, de mostrar as forças e as fraquezas, de ser compreendidos sem ser julgados.
Amar é um privilégio. Não ama quem quer. De um lado o céu, do outro o inferno. Acredito que, mesmo assim, deve valer a pena. Dizem que sim.

É verdade. As utopias têm o valor que têm e ponto final. Por isso são “utopias”. Eu gosto mais de “sonhos”. E sonhar é bom e faz bem à alma. Até podem ser sonhos-utopias, mas quem me vai impedir de os sonhar? Ninguém… e enquanto sonho sou feliz…

E perfeitos? Não somos certamente. Ninguém é. Mas são precisamente as “imperfeições” que nos fazem únicos. Humanos. Porque não existe nada mais imperfeito que o ser humano.

Eu sou feliz com as minhas imperfeições. E SIM, tenho o direito de ser como sou: imperfeita! “What you see is what you get!” Nem mais nem menos. Nunca pretendi ser o que não sou.

Ser compreendida? Não espero que todos me compreendam… não é fácil, admito. Será talvez o privilégio de alguns, muito poucos. Chegam os dedos de uma mão para os contar… Não porque os restantes não atinjam, mas porque eu não quero…

Ser julgada? Bem… isso poderia preocupar-me se viesse da parte de alguém importante na minha vida. Quanto aos outros… “Love me or hate me... I’m still gona shine!”

E amar é um privilégio? Então eu sou decididamente uma privilegiada. Porque eu amo! E mais não digo…

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem aqui a vossa reação. Terei todo o gosto em vos ler. <3