terça-feira, 28 de outubro de 2008

Livro de Reclamações

Hoje cheguei a casa, do escritório, às 23 horas… e sem jantar!!! Foi um dia para esquecer… O escritório parecia que tinha demónio (salvo seja!). A impressora não funcionava, o telefone não se calava… assim como um ilustre advogado… que mais parecia uma matraca desvairada a gritar-me do lado de fora do balcão enquanto eu, ao telefone (maldito!) ouvia os cacarejos da “esponja” (é verdade… foi assim que me soou aos óbidos…) de um exequente que queria saber se a “sinhora solicitadeira” (só faltou acrescentar “do executório”…aaaiiiiii) já tinha feito o “registro” da “pinhora” do “irmóvel” do “malandro do caloteiro do ex-patrão do meu marido!”. Haja paciência!!! Até se me “amarefou o celébro”!

E voltando ao assunto… que acima perdi-me em divagações (leia-se “desabafo”)… Vinha pela A28, a caminho de Viana e pensava: “Isto não são horas de sair do escritório… tou cansada… com fome… e nem um rebuçado ou chocolate na carteira… Pois é, Maria (que sou eu…) tens sempre alguma guloseima à mão e logo hoje… népias!!! Nada, niente, caput!”

Entrei em casa de rastos, e atirei-me para cima do sofá. E ainda tinha uma máquina de roupa para pôr a secar… e estava cheia de fome…

Comi, fiz as minhas “abluções” nocturnas e meti-me na cama… liguei o pc… e fui dar uma voltinha pelos meus blogs favoritos… e deparei-me com o texto que abaixo deixo o link directo. Vale a pena ler.

Veio-me logo à cabeça uma frase que o meu saudoso pai me ensinou em tenra idade e da qual nunca mais me esqueci: “Chorei por não ter sapatos até ver um homem que não tinha pés.

Pois… e pergunto eu: Quantas vezes nos queixamos disto e daquilo… porque chove… porque… porque está trânsito e vou chegar atrasada… porque este cliente é um chatarrão e nunca mais se cala… porque o almoço estava uma porcaria e veio frio e demorou muito… porque… porque… Reclamamos de tudo e de todos. E as crianças (e adultos também) que passam pelo mesmo que o menino do texto da Maria todos os dias, queixam-se de quê?

Já agora… pergunto também: E NÓS, RECLAMAMOS DE QUÊ???

Depois do dia de ontem… depois do meu post “Solidão…”, reconheço que não tenho do que realmente me queixar. Tenho saúde, trabalho, tecto e amigos, uns reais e outros virtuais (Obrigado Saltinho! Bjinhos)

Aqui --> Speechless fica o tal texto… na íntegra.


Dá que pensar…




Alguma reclamação???

Um comentário:

  1. Também li esse texto e fiquei mesmo comovida. Já pra não dizer que me achei supérflua... Bom texto, temos todos que pensar muito nele.

    Adorei a parte inicial do teu texto! LOL! Já passei por algumas parecidas! ;p

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