domingo, 5 de outubro de 2008

Memorando de Deus

Vejo que choras.

O teu choro atravessa a escuridão, infiltra-se pelas nuvens, mistura-se com a luz das estrelas e chega ao Meu coração, na trilha de um raio de Sol.

Angustiei-Me pelo grito de uma lebre estrangulada no laço de uma armadilha, um pardal caído do ninho materno, uma criança que se batia indefesa num lago, um filho que derramava seu sangue na cruz.


Sabes que Te escuto. Fica em paz. Acalma-te.

Eu trago o alívio para o teu pesar, pois sei qual é a causa... e a cura.


Choras por todos os teus sonhos de infância, que desapareceram com os anos.
Choras por todo o teu amor-próprio, que foi corroído pelo fracasso.
Choras por todo o teu potencial, que foi barganhado por segurança.
Choras por toda a tua individualidade, que foi pisoteada pelas multidões.
Choras por todo o teu talento, que foi desperdiçado pelo uso errado.


Encaras a ti mesmo com vergonha e te voltas, apavorado, da imagem que vês reflectida na superfície da água. Quem é esse deboche de humanidade que te fita, com os olhos descorados de vergonha?

Onde está a graça dos teus modos, a beleza de tua figura, a rapidez de teus movimentos, a clareza de tua mente, a eloquência da tua língua?

Quem roubou os teus bens? A identidade do ladrão é tua conhecida, como é de Mim?

Certa feita colocaste a tua cabeça num travesseiro de relva, no campo de Teu Pai e fitaste uma catedral de nuvens, e soubeste que todo o ouro da Babilónia seria teu, com o tempo.
Certa feita leste em muitos livros e escreveste em muitas tábuas, convencido além de qualquer dúvida de que toda a sabedoria de Salomão seria igualada e ultrapassada por ti.
E as estações transformaram-se em anos, até que tu reinasses supremo, em teu próprio jardim do paraíso.

Lembras-te de quem implantou esses planos e sonhos e sementes de esperança em ti? Não podes lembrar. Não tens recordação daquele momento, quando surgiste pela primeira vez no ventre de tua mãe e coloquei a Minha mão em teu cenho macio. E do segredo que cochichei na tua pequena orelha, quando leguei as Minhas bênçãos a ti? Lembras-te do nosso segredo? Não podes lembrar. Os anos passados destruíram a tua recordação, pois encheram-te o espírito de medo, dúvida, ansiedade, remorso, ódio, e onde essas feras habitam, não há espaço para recordações alegres.

Não chores mais. Estou contigo... este momento é a linha divisória da tua vida. Tudo que se passou antes não parece mais do que com este tempo em que dormiste dentro do ventre de tua mãe. O que é passado morreu. Que os mortos sepultem os mortos. No dia de hoje, regressas dos mortos-vivos. No dia de hoje, como Elias com o filho da viúva, Eu Me estendo sobre ti três vezes e voltas a viver. No dia de hoje, como Elisha com o filho do sunamita, ponho a Minha boca sobre a tua, os Meus olhos sobre os teus, as Minhas mãos sobre as tuas, e a tua carne volta a aquecer-se.
No dia de hoje, como Jesus no túmulo de Lázaro, ordeno-te que saias, e tu sairás andando da tua caverna do destino, afim de começar a vida nova. Este é o dia do teu nascimento. Esta é a tua nova data de nascimento. A tua primeira vida, como uma peça de teatro, foi apenas ensaio. Desta vez a cortina subiu. Desta vez o mundo observa, espera para aplaudir. Desta vez não fracassarás. Acende as tuas velas. Divide o teu bolo. Serve o vinho. Tu renasceste. Como uma borboleta saída da crisálida, voarás... tão alto quanto quiseres e nem as vespas, nem as libélulas, nem os louva-a-deus da humanidade obstruirão a tua missão ou a tua procura pelas verdadeiras riquezas da vida.

Sente a Minha mão na tua cabeça, escuta a Minha sabedoria. Deixa-me partilhar contigo, mais uma vez, o segredo que ouviste ao nascer e esqueceste. "És o meu maior milagre". És o maior milagre do mundo. Foram estas as primeiras palavras que ouviste. Depois, choraste. Todos choram. Não acreditaste em Mim, nessa ocasião... e nada aconteceu, nos anos decorridos, para corrigir a tua descrença. Pois como podias ser um milagre, quando te consideras um fracasso nas tarefas mais comuns? Como podes ser um milagre, quando tens pouca confiança ao lidar com as mais banais responsabilidades? Como podes ser um milagre, quando te achas acorrentado pela dívida e ficas acordado, atormentado, para saber de onde virá o pão de amanhã?

Basta. O leite derramado azedou. Mesmo assim, quantos profetas, quantos homens sábios, quantos poetas, quantos artistas, quantos compositores, quantos cientistas, quantos filósofos e mensageiros enviei com a mensagem da tua divindade, do teu potencial para a divindade e os segredos da realização? Como foi que os trataste?


Ainda assim Eu amo-te e estou contigo agora, por meio destas palavras, a fim de cumprir o profeta que anunciou que o Senhor voltará a por a mão pela segunda vez, a fim de recuperar o resto da Sua gente.

Eu recoloquei a Minha mão.

Esta é a segunda vez.
Tu és o que me resta.
De nada adianta perguntar; não soubeste, não ouviste, não te foi contado desde o início, não o compreendeste, desde os fundamentos da Terra?
Tu não soubeste; não ouviste; não compreendeste.
A ti foi dito que és uma divindade em disfarce, um deus se fazendo de tolo. A ti foi dito que és uma obra especial, nobre na razão, infinita em faculdades, precisa e admirável em forma e movimentando-se como um anjo, como um deus na apreensão. A ti foi dito que és o sal da terra.
Recebeste o segredo até mesmo de mover as montanhas, executar o impossível.
Não acreditaste em ninguém. Queimaste o teu mapa da felicidade, abandonaste o teu direito à paz de espírito, apagaste as velas que haviam sido colocadas ao longo da tua trilha destinada de glória; depois cambaleaste, perdeste-te e assustaste-te na escuridão da futilidade e auto comiseração, até tombares num inferno da tua própria criação.

Depois choraste, bateste no peito e amaldiçoaste a sorte que te havia sido dada. Tu recusaste-te a aceitar as consequências dos teus próprios pensamentos mesquinhos, feitos indolentes, e procuraste um bode expiatório, para o incriminar pelo teu fracasso. Com que rapidez o descobriste...

Tu incriminaste-Me, a Mim! Gritaste que as tuas deficiências, a tua mediocridade, a tua falta de oportunidade, os teus fracassos... eram a vontade de Deus.
Estavas errado! Examinemos. Vamos, antes, relacionar as tuas deficiências, pois como posso pedir-te que construas uma vida nova, se não tiveres as ferramentas?


És cego? O Sol ergue-se e põe-se sem que o vejas? Não. Podes ver... e os cem milhões de receptores que coloquei nos teus olhos capacitam-te a desfrutar a mágica de uma folha, um floco de neve, um lago, uma águia, uma criança, uma nuvem, uma estrela, uma rosa, um arco íris... e a expressão do amor. Conta uma bênção.


És surdo? Pode uma criança rir ou chorar sem que escutes? Não. Tu ouves... e as vinte e quatro mil fibras que coloquei em cada um dos teus ouvidos vibram com o vento nas árvores, as ondas que se desmancham nas rochas, a majestade de uma ópera, a súplica de um pássaro, crianças brincando... e as palavras Eu te amo. Conta outra bênção.

És mudo? Os teus lábios movem-se e só emitem saliva? Não. Podes falar... como nenhuma outra de minhas criaturas, e as tuas palavras podem acalmar os raivosos, animar os desanimados, encaminhar o desalentado, alegrar os infelizes, aquecer os solitários, louvar os dignos, encorajar os derrotados, ensinar os ignorantes... e dizer Eu te amo". Conta outra bênção.

És paralítico? A tua forma inerte esbulha a terra? Não. Tu podes mover-te. Não és uma árvore condenada a um local enquanto o vento e o mundo abusam de ti. Podes espreguiçar-te, comer dançar e trabalhar, pois dentro de ti coloquei quinhentos músculos, duzentos ossos e sete milhas de fibras nervosas, todos sincronizados por Mim, afim de fazerem o que queiras. Conta outra bênção.

Não és amado e não amas? A solidão engole-te, noite e dia? Não, não é mais assim. Pois agora conheces o segredo do amor, que, para se receber deve ser dado sem qualquer ideia de retribuição. Amar para obter realização, satisfação ou orgulho não é amor. Amar é um bem pelo qual não se exige retribuição alguma. Agora sabes que amar sem egoísmo constitui a sua própria recompensa. E mesmo que o amor não seja retribuído, não se perde, pois voltará a ti e abrandará e purificará o teu coração. Conta outra bênção. Conta duas vezes.

O teu coração está abalado? Ele vaza e esforça-se para manter a tua vida? Não. O teu coração é forte. Toca no teu peito e sente o teu ritmo, pulsando, na hora, dia e noite, trinta e seis milhões de batidas a cada ano, ano após ano, adormecido ou desperto, bombeando o teu sangue por mais de sessenta mil milhas de veias, artérias e capilares... bombeando mais de seiscentos mil galões por ano. O homem nunca criou máquina assim. Conta outra bênção.

Estás com doenças de pele? As pessoas se voltam e fogem apavoradas à tua aproximação? Não. A tua pele está limpa, é uma maravilha da criação, precisando apenas que a trates com sabão, óleo, escova e cuidados. Com o tempo, o mais forte dos metais se desgastará com o uso, mas não essa camada que constitui em volta de ti, ela se renova constantemente, as células antigas substituídas pelas novas, exactamente como o ser antigo que és tu, te vês agora substituído pelo novo. Conta outra bênção.

Os teus pulmões estão poluídos? O alento da vida luta para entrar no teu corpo? Não. As tuas portinholas para a vida sustentam-te até nos mais conspurcados ambientes de tua própria feitura e trabalham sempre para filtrar o oxigénio que dá a vida, enquanto livram o teu corpo de detritos gasosos. Conta outra bênção.

O teu sangue está envenenado? Acha-se diluído em água e pus? Não. Dentro de 5 litros de sangue encontram-se 22 triliões de células sanguíneas e dentro de cada célula encontram-se milhões de moléculas, e dentro de cada molécula há átomos oscilando mais de 10 milhões de vezes por segundo. A cada segundo, 2 milhões de tuas células sanguíneas morrem, sendo substituídas por outros dois milhões, numa ressurreição que prossegue desde o teu primeiro nascimento. Conta outra bênção.

És deficiente mental? Já não podes pensar por ti próprio? Não. O teu cérebro é a estrutura mais complexa do universo. Eu sei. Dentro do teu cérebro, num quilo, existem 13 biliões de células nervosas, número três vezes maior que o de pessoas na tua Terra. Para ajudar-te a guardar cada percepção, cada som, cada sabor, cada cheiro, cada acto que vivenciaste desde o dia do teu nascimento, Eu implantei, dentro das tuas células, mais de mil milhões de moléculas de proteínas. Cada incidente na tua vida está ali, esperando apenas a tua chamada. E para auxiliar o teu cérebro no controlo do teu corpo, Eu espalhei, por toda a tua forma, quatro milhões de estruturas sensíveis à dor, quinhentos mil detectores de tacto e mais duzentos mil detectores de temperatura. Nenhum ouro de nação alguma se acha melhor protegido do que tu.

Nenhuma das tuas amigas maravilhosas é melhor do que tu.
Tu és a Minha melhor criação.
Dentro de ti existe energia atómica suficiente para destruir qualquer das grandes cidades do mundo e... reconstruí-la.
És pobre? Não existe ouro ou prata na tua bolsa? Não. Tu és rico! Juntos acabamos de contar a tua riqueza. Examina a lista. Volta a contá-la. Calcula os teus bens!

Por que te traíste, a ti próprio? Por que afirmaste, aos gritos, que todas as bênçãos da humanidade te haviam sido tiradas? Por que te enganaste a ti próprio, afirmando que estavas impotente para modificar a tua vida? Estás destituído de talento, sentidos, capacidades, prazeres, instintos, sensações e orgulho? Estás destituído de esperança? Por que te encolhes nas sombras, um gigante derrotado, esperando apenas um transporte para o vazio bem-vindo e a humidade do inferno?


Tu tens tanto! As tuas bênçãos transbordam da tua taça... e tu não lhes deste atenção, como uma criança mimada e no luxo, pois Eu as conferi a ti com generosidade e regularidade.
Responde-me. Responde a ti mesmo. Que homem, rico, velho e doente, fraco e indefeso, não trocaria todo o ouro do seu cofre pelas tuas bênçãos, a que deste tão pouca importância?

Toma conhecimento, então, do primeiro segredo da felicidade e êxito; o de que possuis, agora mesmo, todas as bênçãos necessárias para alcançares grande glória. Elas são o teu tesouro, as tuas ferramentas com que construir, a começar de hoje, o alicerce para uma vida nova e melhor. Assim sendo, Eu te digo, conta minhas bênçãos e já sabes que és minha maior criação. Esta é a primeira lei a que deves obedecer, a fim de executares o maior milagre do mundo, o regresso da tua humanidade vinda da morte viva.

E sê reconhecido pelas tuas lições aprendidas na pobreza. Pois não é pobre aquele que tem pouco, mas aquele que deseja muito... e a verdadeira segurança não está nas coisas que se possui, mas nas coisas sem as quais não se pode viver.


Onde estão as deficiências que produziram o teu fracasso? Existiam apenas na tua mente. Conta as tuas bênçãos.

E a segunda lei é como a primeira, proclama a tua raridade. Tu te condenaste a um refugo de olaria e lá estavas, incapaz de perdoar o teu próprio fracasso, a destruir-te com ódio a ti mesmo, auto-recriminações e revolta pelos teus crimes contra ti mesmo e outros. Não estás perplexo? Não te espantas com o motivo pelo qual posso perdoar os teus fracassos, as tuas transgressões, os teus modos deploráveis... quando tu não podes perdoar a ti próprio?

Eu falo-te agora por 3 motivos. Precisas de mim. Não és um numa manada que marcha para a destruição em massa parda de mediocridade. E... tu és uma grande raridade.
Examina uma pintura de Rembrandt, um bronze de Degas, um violino de Stradivarius ou uma obra de Shakespeare. Eles têm um grande valor por 2 motivos: os seus criadores foram mestres e são poucos em número. No entanto, existem mais do que um de cada um deles. Por esse raciocínio, tu és o tesouro mais valioso da face da Terra, pois tu sabes quem te criou e existe apenas um de ti. Nunca, em todos os 70 biliões de seres humanos que caminham neste planeta desde o início dos tempos, houve alguém exactamente igual a ti. Nunca, até o fim dos tempos, haverá outro tal como és.

Tu não demonstraste conhecimento ou apreciação pela tua singularidade. No entanto, tu és a coisa mais rara do mundo.


De teu pai, em seu momento de amor supremo, fluíram inúmeras sementes de amor, mais de quatrocentos milhões em número. Todas elas, ao nadarem dentro de tua mãe, perderam o ânimo e morreram. Todas, menos uma! E essa eras tu. E começaste uma vida nova. A tua vida. Tu chegastes, trazendo contigo, como faz toda criança, a mensagem de que Eu ainda não estava desanimado do homem. Duas células agora unidas em milagre. Com todas as combinações à minha ordem, iniciando-se com aquele espermatozóide isolado do teu pai, um de quatrocentos milhões, passando pelas centenas de genes em cada um dos cromossomas de tua mãe. Eu poderia ter criado trezentos mil milhões de seres humanos, cada qual diferente do outro.

Mas, a quem Eu criei? A ti! Um único. O mais raro dos raros. Um tesouro sem preço, dotado de qualidades mentais, de fala e movimento, aparência e actos, como nenhum outro já existiu, existe ou existirá. Porque te avaliaste em centavos, quando vales todo o tesouro de um rei? Porque ouviste aqueles que te diminuíam... e, muito pior, porque acreditaste neles? Escuta. Não escondas mais a tua raridade na escuridão. Trá-la à luz. Mostra ao mundo. Esforça-te para não caminhar como o teu irmão caminha, nem falar como teu líder fala, nem trabalhar como trabalha o medíocre. Jamais faças como o outro. Nunca imites. Pois nunca sabes se vais imitar o mal, e aquele que imita o mal sempre vai além do exemplo estabelecido, enquanto que aquele que imita o que é bom, sempre fica aquém disso. Não imites ninguém. Sê tu próprio.

Esta é portanto, a segunda lei. Proclama a tua raridade. E agora recebeste duas leis. Conta as tuas bênçãos. Proclama a tua raridade. Não tens deficiências. Não és medíocre. Obriga-te a sorrir. Reconhece como te enganaste a ti mesmo. Que me dizes da tua própria queixa? A oportunidade nunca te procura?


Escuta, e ela passará a te procurar, pois agora Eu te dou a lei do êxito em todos os empreendimentos. Há muitos séculos, esta lei foi dada aos teus antepassados, do cimo de uma montanha. Alguns ouviram a lei, e vê, a sua vida preencheu-se com os frutos da felicidade, realização, ouro e paz de espírito. A maioria não deu ouvidos, pois procurava meios mágicos, caminhos dúbios, ou esperou pelo demónio chamado sorte para que lhe entregasse as riquezas da vida. Esperou em vão... assim como tu esperaste, e depois chorou, como tu choraste, atribuindo a sua falta de sorte à Minha vontade.

A lei é simples. Jovem ou velho, indigente ou rei, negro ou branco, homem ou mulher... todos podem utilizar o segredo com vantagem, pois, de todas as regras e discursos e escrituras de êxito e como alcançá-la, apenas um método jamais falhou... quem quer que te obrigue acompanhá-lo por uma milha... acompanha-o por duas.

Esta, portanto é a terceira lei... o segredo que produzirá riquezas e aclamações além dos teus sonhos... Anda mais uma milha!

O único meio certo de êxito é prestar mais e melhor serviço do que esperam de ti, não importa qual seja a tua tarefa. Este é um hábito seguido por todas as pessoas vitoriosas, desde o início dos tempos. Assim sendo, Eu mostro-te o caminho mais certo para te condenares à mediocridade, qual seja executares apenas o trabalho pelo qual és pago.


Não creias que estás a ser enganado, se entregares mais do que a prata que recebes. Pois existe um pêndulo para toda a vida, e o suor que entregas, se não for recompensado hoje, voltará amanhã duplicado. O medíocre nunca anda mais de uma milha, pois deixa de ver o motivo pelo qual deve enganar-se a si próprio, ao que acredita. Mas tu não és medíocre. Andar mais uma milha é privilégio do qual te deves apropriar por tua própria iniciativa. Não podes, não deves evitá-lo. É negligenciar, fazer apenas tão pouco quanto os outros, e a responsabilidade pelo teu fracasso será apenas tua.

Não podes mais prestar serviços sem receber compensação justa do que podes impedir a prestação deles sem sofrer a perda da recompensa. Causa e efeito, meios e fins, sementes e fruta não podem ser separados. O efeito já floresce na causa, o fim preexiste no meio, e a fruta está sempre na semente.

Anda mais uma milha.

Não te preocupes, caso venhas a servir um senhor ingrato. Serve-o mais. E em vez dele, que seja Eu quem se encontra na tua dívida, pois então saberás que cada minuto, cada gesto de serviço a mais será pago. E não te preocupes, caso a tua recompensa não venha logo. Quanto mais tempo retarda o pagamento, melhor para ti... e juros compostos sobre juros compostos são o maior benefício dessa lei.


Não podes ordenar o êxito, apenas o podes merecer... e agora conheces o grande segredo necessário para merecer a sua recompensa rara.

Anda mais uma milha!

Onde está esse campo do qual tu gritaste, choraste, dizendo que não havia oportunidade? Olha! Olha ao redor. Vê onde ainda ontem te espojavas nos detritos da auto-comiseração, agora caminhas bem erecto, sobre um tapete de ouro. Nada mudou, apenas tu, mas tu és tudo.Tu és o meu maior milagre. Tu és o maior milagre do mundo. E, agora, as leis da felicidade e êxito são três. Conta as tuas bênçãos! Proclama a tua raridade! Anda mais uma milha!


Sê paciente com o teu progresso. Contar as tuas bênçãos com gratidão, proclamar a tua raridade com orgulho, percorrer mais uma milha e depois outra, tais actos não são realizados num piscar de olho. No entanto, aquilo que adquires com mais dificuldade é que reténs por mais tempo; como aqueles que adquiriram uma fortuna são mais cuidadosos com ela do que aqueles aos quais ela chegou por herança. E não receies ao entrares na tua vida nova. Cada aquisição nobre é acompanhada por seus riscos. Aquele que receia encontrar-se com uma não deve contar obter a outra. Agora sabes que és um milagre.

E não existe medo num milagre.

Orgulha-te. Não és o capricho momentâneo de um criador descuidado, fazendo experiências no laboratório da vida. Não és o escravo de forças que não podes compreender. Não és a manifestação livre de nenhuma outra força senão a Minha, de nenhum outro amor senão o Meu. Foste feito com um intuito.


Sente a Minha mão. Ouve as Minhas palavras. Precisas de mim... e Eu preciso de ti. Temos um mundo a reconstruir... e se tal requer um milagre, o que é isso para nós? Ambos somos milagres, e agora temos um ao outro.


Nunca perdi a fé em ti, desde aquele dia em que primeiro te fiz de uma onda gigantesca e te atirei, indefeso, sobre as areias. Na tua medida de tempo, tal ocorreu há mais de quinhentos milhões de anos. Muitos foram os modelos, muitas as formas, muitas as dimensões, até que Eu atingisse a perfeição em ti.

Não fiz qualquer outro esforço para aperfeiçoar-te em todos esses anos.

Pois como se poderia aperfeiçoar um milagre? Tu eras uma maravilha a contemplar e Eu me satisfiz. Dei-te este mundo e o domínio sobre ele. Dei-te o poder de imaginar. Depois, a fim de te capacitar a alcançar o teu pleno potencial, coloquei a Minha mão em ti, mais uma vez e dotei-te de poderes desconhecidos a qualquer outra criatura do Universo, até o dia de hoje.Dei-te o poder de pensar. Dei-te o poder de amar. Dei-te o poder de querer. Dei-te o poder de rir. Dei-te o poder de imaginar. Dei-te o poder de criar. Dei-te o poder de planejar. Dei-te o poder de falar. Dei-te o poder de orar.


O Meu orgulho em ti não conheceu limites. Eras minha criação suprema, o meu milagre maior. Um ser vivo completo, uma criatura que pode ajustar-se a qualquer clima, a qualquer vicissitude, a qualquer desafio. Uma criatura que pode cuidar de seu próprio destino sem qualquer interferência Minha. Uma criatura que pode traduzir uma sensação ou percepção, não por instinto, mas por pensamento e deliberação, levando-a a qualquer acto que fosse melhor para ela e para toda a humanidade. Assim chegamos à quarta Lei de êxito e felicidade... pois Eu te dei um poder mais, poder tão grande que nem mesmo os meus anjos o possuíam... Eu te dei... poder de escolher. Com este Dom, coloquei-te acima até mesmo dos meus anjos... pois os anjos não têm a liberdade de escolher o pecado. Dei-te o controle completo sobre o teu destino. Eu te disse para determinares, por ti próprio, a tua própria natureza, de acordo com a tua própria vontade livre. Nem divino, nem terreno em natureza, estavas livre para modelar-te na forma que preferisses. Tinhas o poder de escolher a degeneração para formas mais baixas de vida, mas também tinhas o poder, pelo juízo da tua alma, de renascer nas formas mais elevadas, que são divinas. Nunca retirei o teu grande poder, o poder de escolher. O que fizeste com esta força tremenda? Olha para ti mesmo. Pensa nas escolhas que fizeste na tua vida e lembra, agora, aqueles momentos amargos em que cairias de joelhos se, ao menos, tivesses a oportunidade de voltar a escolher. O que passou, passou... e agora, tu conheces a quarta grande lei da felicidade e êxito... usa com sabedoria o poder da tua escolha.

Escolhe amar... em vez de odiar.
Escolhe rir... em vez de chorar.
Escolhe criar... em vez de destruir.
Escolhe perseverar... em vez de desistir.
Escolhe louvar... em vez de difamar.
Escolhe curar... em vez de ferir.
Escolhe dar... em vez de roubar.
Escolhe agir... em vez de lamentar.
Escolhe crescer... em vez de apodrecer.
Escolhe orar... em vez de amaldiçoar.
Escolhe viver... em vez de morrer.

Agora sabes que os teus infortúnios não foram a minha vontade, pois todo o poder estava depositado em ti, e o acumulo de feitos e pensamentos que te colocaram no refugo da humanidade foram tua obra, não Minha. Meus dons de poder foram grandes demais para a tua natureza pequena. Agora tu tornaste-te alto, sábio, e os frutos da terra serão teus. És mais do que um ser humano. És capaz de grandes maravilhas. O teu potencial é ilimitado. Quem mais, entre as minhas criaturas, conquistou o fogo? Quem mais, entre as minhas criaturas, conquistou a gravidade, perfurou os céus, dominou a doença e a pestilência e a seca? Nunca mais voltes a diminuir-te! Nunca mais te conformes com as migalhas da vida! Nunca mais escondas os teus talentos a partir deste dia! Lembra-te da criança que diz: "quando eu for grande..." Mas o que é isso? Pois o menino grande diz: "Quando eu crescer..." E quando crescido, ele diz: "Quando eu me casar..." Mas estar casado, o que é isto, afinal? O pensamento transforma-se então para: "Quando eu me reformar..." E então, chega a reforma, e ele lança o olhar sobre a paisagem que atravessou; o vento frio sopra sobre ele e, de algum modo, ele perdeu tudo aquilo, e o que queria desapareceu. Desfruta este dia, hoje... e amanhã, amanhã. Executaste o maior milagre do mundo. Voltaste de uma morte viva. Não mais sentirás auto comiseração, e cada dia será um desafio e uma alegria. Tu renasceste... mas, exactamente como antes, podes escolher o fracasso e o desalento, ou o êxito e a felicidade. A escolha é tua. A escolha é exclusivamente tua. Eu só posso observar como antes... com satisfação... ou pesar. Lembra-te, então, das quatro leis da felicidade e êxito.

Conta as tuas bênçãos.
Proclama a tua raridade.
Anda mais uma milha.
Usa sabiamente o teu poder de escolha.

E mais uma, para completar as quatro outras. Faz todas as coisas com amor... amor por ti próprio, amor por todos os outros, amor por Mim.

Enxuga as tuas lágrimas. Estende a mão, apanha a Minha, põe-te erecto.

Deixa-me retirar as mortalhas sepulcrais que te envolviam.

Neste dia, foste notificado.


TU ÉS O MAIOR MILAGRE DO MUNDO!

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